Caros irmãos (ãs), nossa Igreja Católica inicia, nesta Quinta Feira Santa, dia 17/04 o solene Tríduo Pascal.

Na parte da manhã, às 9:00 h., na Catedral Santo António, realiza-se a Missa da Unidade Diocesana, com a proclamação da Palavra de Deus, a bênção e consagração dos Santos Óleos que serão utilizados por ocasião da celebração dos seguintes sacramentos: Batismo, Crisma, Ordem e Unção dos Enfermos.  Segue a renovação das promessas de fidelidade ao Cristo e à Igreja por parte dos ministros ordenados (padres e diáconos); enfim é entregue à Diocese o novo Plano Administrativo Diocesano, que, juntamente com o Plano Pastoral Diocesano, constitui a ferramenta para uma boa ação pastoral comum a todas as paróquias e comunidades.

Na celebração da noite, nas paróquias, serão lembrados e revividos os gestos de Jesus na Última Ceia: O Lavapés, a Instituição do sacramento da Eucaristia e do sacramento da Ordem, e a entrega do mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como Eu, o Senhor, vos amei”.

Na Sexta Feira Santa nossa atenção amorosa se dirige para a Paixão e Morte de Cruz de Jesus, sinal inconfundível de seu imenso amor pela Humanidade. Jesus se entrega totalmente ao Pai e à nós, suportando, vítima da maior das violências, dores atrozes injustas, mas, sobretudo, motivado .e movido pela imensa caridade da SS.ma Trindade.  Neste dia não se celebra a Santa Missa; todavia, há uma celebração intensa e piedosa ao redor do Crucificado.  Em seguida, nossas comunidades promovem uma procissão em que, novamente, se medita sobre o sofrimento do Senhor, que continua no sofrimento de tantos seres humanos, no mundo inteiro, inclusive, em nossa Baixada.

No Sábado Santo, os fieis se reúnem à noite.  É a vez da grande “vigília Pascal”, em que se abençoa o fogo novo, se acende o Círio Pascal, símbolo do Cristo Ressuscitado, são proclamadas diversas leituras que espõem a história da salvação até o anúncio vibrante de que “Jesus Ressuscitou, está vivo e apareceu aos seus discípulos e discípulas”. Segue a bênção da água que recorda o nosso Batismo e, logo depois, a Santa Missa a partir do Ofertório, com alegria e júbilo. .

Finalmente, chega o Domingo da Pàscoa, a “festa das festas”.  Jesus ressuscitado quer que nós também ressuscitemos, deixando de lado a vida “velha” do pecado e da omissão, para assumirmos a “vida nova” da graça,do bem e da fraternidade.

Muitos (as)  confundem as coisas e fazem do Tríduo Pascal um agradável “feriadão”, às vezes, esquecendo totalmente a verdadeira história desta realidade e seu sentido espiritual que toca profundamente a humanidade.  Por isso, aqui vai o convite e o apelo para que nós cristãos participemos fiel e devotamente,  em nossas comunidades, ou lá onde formos, das celebrações.

São Francisco, com dor no coração, vendo tanta indiferença já  no povo de seu tempo, exclamava: “O Amor (Jesus) não é amado, o Amor não é amado!”.

Então,  irmãos (ãs) amados (ãs), desejo a todos (as) um Santo Tríduo Pascal e uma Páscoa repleta de fé, paz e fraternidade, com Jesus e a humanidade.