*Paulo Cezar Pereira

A disputa pelas prefeituras pode tirar ao menos 60 deputados dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional. A Câmara conta com congressistas de 17 partidos como pré-candidatos para as eleições de 2024, segundo levantamento do Congresso em Foco.

As pré-candidaturas se concentram principalmente no Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, e no Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. São 12 deputados petistas que já articulam para serem candidatos às prefeituras brasileiras. Entre os integrantes do PL, o número chega a 15.

No total, são 61 congressistas pré-candidatos, com 60 deputados e um senador, Eduardo Girão (Novo-CE).

Os federais da Baixada

Entre os deputados eleitos em 2022 em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, Juninho do Pneu ( União Brasil) , Rosângela Gomes ( Republicanos) e Márcio Tavares (PDT)  são pré candidatos a prefeito destas cidades da Baixada Fluminense.  Juninho disputa o apoio do deputado Dr. Luizinho e do prefeito Rogério Lisboa. Outros nomes da política iguaçuana também cortejam os dois caciques regionais do PP, o vereador Dudu Reina e os deputados estaduais Carlinhos BNH e Filipinho Ravis.

Rosângela Gomes, que constrói sua carreira na política sob as bênçãos da Igreja Universal, trocou a Câmara dos Deputados pela secretaria estadual de assistência social do Rio. Atualmente coordena a ajuda do governo Cláudio Castro a milhares de famílias que tiveram sua casas inundadas nas cidades da Baixada Fluminense. Ela tem ampliado sua base de apoios fora da Universal.

Hoje, a  participação do deputado  Lindbergh Farias (PT-RJ ) como candidato a prefeito de Nova Iguaçu , município que ele administrou por dois mandatos, em  2004 e em 2008, ainda é uma incógnita. Ele ainda avalia o cenário político e as alianças, mas não pode ser considerado carta fora do baralho.

No Rio, Tarcísio Mota, do PSOL, e Marcelo Queirós, do PP, também disputam em seus partidos apoios para costurarem alianças com outras forças políticas. No campo bolsonarista, Alexandre Ramagem, do PL,  já está pedindo votos para prefeito da capital.

Para sobreviver politicamente, Max Lemos voltou ao PDT e ameaça disputar a eleição para prefeito de Queimados. Max está sempre trocando de camisa na política: já foi  PDT, PMDB, PSDB e PROS. Voltou ao ninho brizolista de olho no futuro. Na última eleição municipal, quis ser prefeito em Nova Iguaçu pelo PSDB. Tomou uma surra nas urnas de Rogério Lisboa.

*Paulo Cezar Pereira, Jornalista, é Editor Chefe do Nova Iguassu Online.