Programa de Restauração Florestal contribui para a segurança hídrica do estado

Cedae inicia por Miguel Pereira plantio no Corredor Tinguá-Bocaina

setembro 4, 2023 /

A primeira árvore do Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina foi plantada na última sexta-feira (01-09), em Miguel Pereira, na Região Sul Fluminense. A ação que marcou o início do reflorestamento foi realizada durante o Circuito Brasileiro e Mundial de Vôlei de Praia, que ocorre no município com o apoio da Cedae, e reúne mais de 150 atletas de 20 países.

Ingá, aroeira, cedro rosa, cambuí e limão-bravo foram algumas das espécies nativas da Mata Atlântica plantadas no Monumento Natural Municipal Gruta dos Escravos pela equipe do Replantando Vida, programa socioambiental da companhia responsável por produzir todas as mudas que serão utilizadas no reflorestamento do corredor. A previsão é que, somente em setembro, mais de 10 mil mudas sejam plantadas em Miguel Pereira.

“Nosso desafio não é pequeno. As áreas onde fazemos as captações precisam ser preservadas com responsabilidade socioambiental, garantindo a segurança hídrica da população. Até porque, com a inauguração dos novos equipamentos que estamos construindo, como o Novo Guandu, haverá mais água sendo demandada e maior necessidade de que estes ecossistemas sejam preservados”, afirma o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.

O Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina, idealizado e coordenado pela Cedae, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e a The Nature Conservancy (TNC) tem como meta conservar e restaurar 30 mil hectares de Mata Atlântica no Estado do Rio.

Além de contribuir para a biodiversidade local, atenuar as mudanças climáticas e garantir a segurança hídrica, o plantio está ocorrendo em Miguel Pereira, dentro da APA Guandu, que desempenha um papel hidrológico de extrema importância na Bacia do Rio Guandu. Para o prefeito de Miguel Pereira, André Português, o início do programa na cidade, especialmente na Gruta dos Escravos – monumento construído no século XVIII em homenagem à Nossa Senhora da Penna que possui capela, imagens de santos e velas – vai contribuir para o ecoturismo na cidade.

“Miguel Pereira está avançando para se tornar um ponto de referência no turismo ambiental em todo o país. O Programa de Restauração Florestal da Cedae é uma demonstração clara do compromisso da empresa com o meio ambiente e com o crescimento estratégico do estado. Além disso, esse programa terá um impacto positivo no setor de turismo em nossa região. Estamos alinhados com a agenda 2030 da ONU e, por isso, vamos construir com a Cedae um viveiro florestal que produzirá anualmente meio milhão de mudas”, contou o prefeito.

O Corredor Tinguá-Bocaina está alinhado com o compromisso da Cedae com a Década da Restauração de Ecossistemas, uma iniciativa das Organizações das Nações Unidas (ONU), voltada para promover a recuperação de áreas degradadas, combater as mudanças climáticas e resolver problemas como a escassez de água, entre outros objetivos cruciais.

O programa vai recuperar 30 mil hectares de Mata Atlântica na região de maior importância de recarga hídrica para o Rio Guandu, principal manancial do Estado. Em outras palavras, significa que a Cedae tem o compromisso de garantir água de qualidade e em quantidade.

Envolvendo nove municípios (Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro e Vassouras), o Corredor Tinguá-Bocaina passa por mananciais fundamentais para o abastecimento do estado, como o Rio Guandu e a represa de Ribeirão das Lajes. A região também abriga unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual Cunhambebe e áreas de proteção ambiental (APAs), onde vivem 20 mil espécies nativas do ecossistema, entre elas 6 mil endêmicas.

Replantando Vida

Unindo preservação ambiental e ressocialização de pessoas em situação de privação de liberdade do sistema prisional do estado, o programa Replantando Vida mantém sete viveiros florestais que, juntos, produzem até dois milhões de mudas de 254 espécies da Mata Atlântica por ano, das quais 40 estão ameaçadas de extinção.

As equipes do Replantando Vida atuam continuamente nas bacias dos Rios Guandu e Macacu, principais fontes de abastecimento da Região Metropolitana. Além de atender as ações de plantio da Cedae, as mudas produzidas nos viveiros são doadas às instituições comprometidas com a restauração de ecossistemas.

Aloma Carvalho